Quem sou Eu


---------------- Teólogo, Historiador, Professor e músico. Apaixonado por pessoas, pela vida e por viver no caminho do discipulado do Reino. ------------------

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Entre o pólo Norte e o Altar


Já estamos ao apagar das luzes. E como de costume, temos festas, confraternizações, amigo secreto, amigo da onça ou inimigo secreto. Os especiais da TV já são anunciados e, por falar em anuncio, com o menino Jesus, os pastores, os anjos, José e Maria, vêm uma enxurrada de promoções de eletrodomésticos, roupas, perfumes, kits para presente. Já falamos das comidas? Você já viu um chester vivo? Quantos de nós criamos peru? São bichos estranhos, mas no natal estão presentes nas nossas mesas. Na verdade precisamos ficar atentos do ponto de vista espiritual a tudo isso.
Podemos afirmar, com toda certeza, que o Natal como nós conhecemos, é uma invenção mercadológica capitalista que visa dá destino ao 13° salário dos trabalhadores que o tem por direito e que, segundo alguns, não sabem o que fazer com ele. Então, no final de novembro os 13° já estão comprometidos com roupas, salão de beleza, comidas da época, arvore de natal. Natal sem panetone, já imaginou?
Indo um pouco mais longe, a coca-cola e outras indústrias inventarão o papai Noel, já se perguntaram, por que a roupa dele é vermelha com um sinto preto? O que tem a ver nascimento de Jesus e a neve do pólo norte? E os duendes... Misericórdia! Na sua casa tem lareira na sala para o bom velhinho entrar?
Tudo isso é muito bom! A comida, as confraternizações, etc. Mas tendo a função de Educador por ofício, constato que os pais têm dificuldade de pagar a matrícula dos filhos e comprar o material escolar, porque nos três primeiros meses estão endividados por conta das festas de fim de ano. Lembro-me das palavras de Jesus quando disse, “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” João 10:10. 
É como se fossemos roubados todos os anos! Deixamos de investir em nossos sonhos, filhos, casa, casamento, para acompanhar a cultura e os costumes de quem pode, sem poder. Deixamos as coisas mais importantes de lado. Sem contar que, não raras vezes, nos tornamos infiéis com o Senhor nos dízimos, nas ofertas, em missões. Isso, nos deixa tristes, com sentimento de culpa, de dívida, o orçamento embaralha, entramos em discussões e ainda deixamos de cumprir o que o Senhor nos confiou como privilégio: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa...” Ml 3.10 e “daí a Deus o que é de Deus.” Mc. 12.17.
Há um problema entre o pólo norte e o altar, o bom velhinho às vezes é usado para destruir nossa paz, matar nossos sonhos e roubar nossa fidelidade ao Senhor.
Então irmãos, neste fim de ano, vamos festejar comer, presentear, mas lembrando das palavras de Paulo ao jovem Timóteo: “Deus nos tem dado um espírito de moderação” IITm 1:17. E quando escreve a igreja em Corinto: Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. I Co. 10:31. Que permaneça na sua vida o altar.
Pr. Uziel Bezerra




Nenhum comentário:

Postar um comentário